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TUMOR DE WILMS: O QUE É? TEM TRATAMENTO?

Atualizado: 12 de nov. de 2020

O Tumor de Wilms é o tumor renal mais comum em crianças. A faixa etária mais acometida é entre 2 e 4 anos; e em 5% dos casos pode comprometer os dois rins. De acordo com o hospital St Jude de pesquisas para crianças (St Judes Children's Research Hospital), é o quarto tipo mais comum de câncer infantil, com aproximadamente 460 novos casos diagnosticados por ano nos Estados Unidos.

Na maioria dos casos, a criança não apresenta nenhuma queixa associada ao tumor, e ele só é descoberto quando algum parente ao dar banho ou trocar a roupa da criança nota um aumento na região abdominal. Pode ser notado também pelo pediatra em uma consulta de rotina, examinando o abdome da criança ele encontra uma tumoração endurecida e palpável.​ Sintomas inespecíficos como dor abdominal, perda do apetite, febre, constipação intestinal e perda de peso também podem estar associados. A queixa de sangue na urina está presente em apenas 15% dos casos. Por se tratar de um tumor renal e este órgão ser responsável pelo controle da pressão arterial, esta criança pode ainda apresentar hipertensão arterial.


Não foi encontrado ainda nenhum fator de risco para este tumor, entretanto algumas síndromes já foram identificadas e são associadas a uma maior chance de apresentar a doença (hemihipertrofia, aniridia, síndrome de Beckwith-Wiedemann e síndrome de Denys-Drash).


Os exames de imagem costumam ser bem sugestivos deste tipo de tumor e muitas vezes, mesmo sem biópsia, podemos iniciar o tratamento direcionado ao tumor de Wilms.

Nesse tipo de tumor o que confere a cura é a ressecção completa da massa. A cirurgia é portanto fundamental no tratamento. Depende também do ato cirúrgico o estadiamento da doença, ou seja, a sua classificação de acordo com a extensão da mesma. O estadiamento é quem irá direcionar a quimioterapia e/ou radioterapia, quantas sessões e quantas drogas serão necessárias ao tratamento.


​O tumor de Wilms é classificado em estádios usando números românicos de I a V:

  • ​Estadio I: O tumor está contido em um dos rins e pode ser totalmente removido por cirurgia; de 40% a 45% dos tumores de Wilms são de estádio I.

  • Estádio II: O tumor espalhou-se nos tecidos e vasos que circundam o rim, mas ainda pode ser totalmente removido por cirurgia; de 20% a 25% dos tumores de Wilms são de estádio II.

  • Estádio III: O tumor não pode ser totalmente removido por cirurgia ou houve rompimento da cápsula do tumor durante a cirurgia, e parte do tecido canceroso permanece no abdome; de 20% a 25% dos tumores são de estádio III.

  • Estádio IV: O câncer atingiu órgãos distantes, como os pulmões, o fígado ou o cérebro; 10% dos tumores de Wilms são de estádio IV.

  • Estádio V: O tumor está localizado nos dois rins por ocasião do diagnóstico. ; 5% dos tumores são de estádio V.

Todos os pacientes com tumor de Wilms serão tratados com quimioterapia e cirurgia. Na maioria das vezes a quimioterapia é feita antes do momento cirúrgico, para aumentar as chances de ressecção completa do tumor e diminuir os riscos de ruptura do mesmo durante a cirurgia.


Alguns casos mais avançados necessitarão também de radioterapia para completar o tratamento. Por se tratar de um tumor muito sensível à quimioterapia, as chances de cura são altas, mesmo nos casos mais avançados de doença. O local mais comum de disseminação da doença são os pulmões.

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